quarta-feira, 15 de maio de 2013

Subsídio garante RIT em Curitiba

Terminou, enfim, a troca de farpas entre o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e o governador Beto Richa sobre a manutenção do subsídio estadual para o transporte coletivo. Pelo menos até fevereiro de 2014.

A novela, de cinco meses, teve o último capítulo no início de maio, quando foi assinado o acordo que garante o repasse de R$ 40 milhões do estado e de R$ 22,7 milhões do município para a Rede Integrada de Transporte (RIT).

Agora a população pode ficar tranquila, pois – além do valor da passagem permanecer em R$ 2,85 – mantém-se a integração do sistema, que beneficia 2,3 milhões de passageiros transportados por dia. A RIT é formada por 30 terminais de transporte, 362 estações-tubo em 81 quilômetros de canaletas, 1.930 ônibus e nove mil pontos de parada.

Além de Curitiba, engloba 12 outras cidades: Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiuva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais.

Essa enorme estrutura é essencial para atender os usuários, que se locomovem à capital todos os dias para trabalhar, estudar, procurar serviços médicos, fazer compras, entre outras razões. Considerada modelo, a RIT beneficia muito as pessoas, tanto no deslocamento entre os municípios quanto na economia para o bolso.

Mas nem tudo são flores, como pode pensar quem não utiliza o transporte coletivo – principalmente se morar fora da região metropolitana. Ver pela tevê os ônibus biarticulados, os ligeirinhos e as estações-tubo é bem diferente de utilizá-los – em especial na hora do rush. O grande número de usuários em determinados horários torna estressante compartilhar as estações e os ônibus, os quais parecem verdadeiras latas de sardinha!

Enormes filas para entrar nos tubos, concentração de pessoas num espaço reduzido, empurra-empurra, disputa por lugares, tropeços, pisões, tudo isso faz parte da rotina dos passageiros. Quem não quer passar por isso opta, se possível, por usar outros meios de transporte, como bicicletas, táxis, motos e carros.

Se por um lado essas pessoas escapam dos aborrecimentos provenientes da lotação nos coletivos, por outro enfrentam congestionamentos em vários pontos críticos em momentos de movimento intenso. Esse cenário, porém, não é exclusividade de Curitiba – está cada vez mais presente no dia a dia de municípios de porte médio.

Em parte isso se explica pela falta de planejamento urbano condizente com a evolução populacional e veicular nas cidades. Por isso, é premente o poder público e as autoridades administrativas de trânsito buscarem alternativas para desafogar o trânsito e melhorar as condições de transporte aos cidadãos.