Terminou,
enfim, a troca de farpas entre o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e o
governador Beto Richa sobre a manutenção do subsídio estadual para o transporte
coletivo. Pelo menos até fevereiro de 2014.
A
novela, de cinco meses, teve o último capítulo no início de maio, quando foi
assinado o acordo que garante o repasse de R$ 40 milhões do estado e de R$ 22,7
milhões do município para a Rede Integrada de Transporte (RIT).
Agora
a população pode ficar tranquila, pois – além do valor da passagem permanecer
em R$ 2,85 – mantém-se a integração do sistema, que beneficia 2,3 milhões de
passageiros transportados por dia. A RIT é formada por 30 terminais de
transporte, 362 estações-tubo em 81 quilômetros de canaletas, 1.930 ônibus e
nove mil pontos de parada.
Além
de Curitiba, engloba 12 outras cidades: Almirante Tamandaré, Araucária,
Bocaiuva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio
Grande, Pinhais, Piraquara, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais.
Essa
enorme estrutura é essencial para atender os usuários, que se locomovem à
capital todos os dias para trabalhar, estudar, procurar serviços médicos, fazer
compras, entre outras razões. Considerada modelo, a RIT beneficia muito as
pessoas, tanto no deslocamento entre os municípios quanto na economia para o
bolso.
Mas
nem tudo são flores, como pode pensar quem não utiliza o transporte coletivo –
principalmente se morar fora da região metropolitana. Ver pela tevê os ônibus
biarticulados, os ligeirinhos e as estações-tubo é bem diferente de utilizá-los
– em especial na hora do rush. O grande número de usuários em determinados
horários torna estressante compartilhar as estações e os ônibus, os quais
parecem verdadeiras latas de sardinha!
Enormes
filas para entrar nos tubos, concentração de pessoas num espaço reduzido, empurra-empurra,
disputa por lugares, tropeços, pisões, tudo isso faz parte da rotina dos
passageiros. Quem não quer passar por isso opta, se possível, por usar outros
meios de transporte, como bicicletas, táxis, motos e carros.
Se
por um lado essas pessoas escapam dos aborrecimentos provenientes da lotação nos
coletivos, por outro enfrentam congestionamentos em vários pontos críticos em momentos
de movimento intenso. Esse cenário, porém, não é exclusividade de Curitiba –
está cada vez mais presente no dia a dia de municípios de porte médio.
Em
parte isso se explica pela falta de planejamento urbano condizente com a
evolução populacional e veicular nas cidades. Por isso, é premente o poder
público e as autoridades administrativas de trânsito buscarem alternativas para
desafogar o trânsito e melhorar as condições de transporte aos cidadãos.