sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Novos tempos na Assembleia Legislativa do Paraná?


O ano legislativo começou esta semana no estado. No dia 1º, tomaram posse os 54 parlamentares; no dia 2, os novos diretores da Casa.

Além dos novos ocupantes da Assembleia, o prédio abriga policiais militares, encarregados da segurança, a pedido do presidente, Valdir Rossoni, que teria sido ameaçado.

Outra novidade foi o fechamento da gráfica, que até o ano passado imprimia as publicações oficiais da Casa, inclusive os seus Diários Oficiais — alvos de investigação pela RPCTV e Gazeta do Povo. O trabalho, exemplar e premiado, resultou na descoberta e ampla divulgação de atos secretos criminosos, lesivos ao povo paranaense.

Agora, com a nova Mesa Diretora, outros diretores e a entrada de novos deputados, duas perguntas são inevitáveis: 

1)    Essas mudanças serão o bastante para moralizar o Poder Legislativo, após o recente escândalo que afetou a sua imagem?
2)    Além de fazer leis e fiscalizar o Poder Executivo, os parlamentares estarão mais atentos ao funcionamento da Casa?
As respostas serão dadas ao longo da atual legislatura. E para obtê-las, a sociedade — bem como a imprensa — deve acompanhar o andamento dos trabalhos; deve cobrar dos deputados a conduta correta em todos os seus atos; deve denunciar a existência de esquemas ilegais caso tenha conhecimento.

O desvio de verbas, a existência de funcionários fantasmas, a presença de uma quadrilha na direção da Casa serviram para mostrar a necessidade de envolvimento social na política. Os paranaenses foram lesados, desrespeitados, engrupidos, e isso não pode ocorrer novamente, porém precisam tirar uma lição positiva da revelação dos crimes cometidos por anos e anos na Assembleia do estado.

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