Tem planos de viajar para comemorar as festas de fim de ano? Destino definido, família avisada e hotel reservado? Enfim, tudo planejado, restando só pegar a estrada? Bacana, porém não se esqueça de incluir nesse planejamento a revisão do veículo, afinal ele é fundamental para você ir e voltar de seu passeio sem transtornos. Lembre-se de que a demanda nas oficinas aumenta neste mês, portanto não deixe para realizar o checape no seu carango em cima da hora.
Mas para que a viagem transcorra sem problemas e, principalmente, em segurança, não basta revisar o automóvel nem carregar as bagagens e a família e encarar a rodovia. O essencial, especialmente nesta época de mais movimento nas estradas, é manter a prudência. O importante é chegar bem, não rápido! Portanto não solte o “espírito de piloto” que possa existir em você. Tenha em mente que a maioria dos acidentes pode ser evitada desde que os motoristas respeitem o limite de velocidade e não façam ultrapassagens indevidas.
Por mais que as polícias rodoviárias repassem dicas de segurança e que as estatísticas divulgadas na imprensa revelem o número de acidentes, de óbitos e de feridos, nada parece mudar de um ano para outro. E por quê? Porque falta consciência por parte dos motoristas, sobretudo aos que adotam uma direção ofensiva. Não fosse isso, se cada um dirigisse com prudência e atenção redobrada, os índices apresentariam queda e não seria preciso tomar medidas mais rigorosas para tentar evitar as infrações.
Nova lei
Vale lembrar que em 1º de novembro começou a vigorar a Lei 12.971, alterando 11 artigos do Código Brasileiro de Trânsito. A norma prevê, conforme a situação, sanções mais severas como o aumento em dez vezes do valor da multa. Por exemplo, uma infração bastante comum nas estradas é forçar passagem entre veículos que trafegam em sentido oposto. Nesse caso, a multa passou de R$ 191,54 para R$ 1.915,40, mais a suspensão do direito de dirigir.
Outras infrações comumente praticadas são ultrapassagens pelo acostamento, em interseções, em passagem de nível e em locais proibidos, como curvas ou pela direita. Nesses casos, a pontuação na carteira foi de cinco para sete pontos, e o valor da multa subiu para R$ 957,70 – 650%. Aqui no Paraná, tais condutas geraram 55 mil autos de infração de janeiro a agosto de 2014, segundo o Detran. Ou seja, isso mostra falta paciência, bom senso e consciência aos condutores.
Para saber se o endurecimento na punição vai resultar em menos multas e acidentes, é necessário esperar o balanço habitualmente divulgado pelas autoridades de trânsito. Este será o primeiro período de festas (Natal, ano-novo e carnaval) após a mudança na legislação, então será possível comparar os números.
O ideal seria a manutenção permanente de campanhas educativas, a massificação, o trabalho incansável para reduzir os acidentes e buscar a adoção de uma direção defensiva. O aumento das penalidades isoladamente talvez não seja suficiente para mudar a realidade brasileira, mas pode colaborar em parte, pois as pessoas parecem aprender com mais facilidade quando “pesa no bolso”. Não deveria ser assim.
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