No texto de hoje estarei explicando por que estar evitando o uso indevido do gerúndio, o chamado gerundismo. Que tal, caro leitor, você apreciou a frase anterior? Ela lhe parece familiar?
Certamente quem já conversou com um teleatendente ouviu o gerúndio ser empregado após alguma forma verbal de ‘estar’. O excesso dessa “fórmula” (verbo estar + gerúndio) até virou motivo de gozação, porém contaminou a sociedade, sendo frequente fora do universo do telemarketing. E aí está o problema.
A linguagem oral e escrita deve ser concisa e simples para passar a mensagem mais claramente. Só por essa razão o gerundismo deve ser esquecido, pois dá à sentença um rebuscamento desnecessário. E mais, quem tenta rebuscar a linguagem dessa forma consegue o efeito contrário, porque ela “dói” nos ouvidos.
Mais um motivo para evitar o uso do ‘estar’ (ou alguma variante) seguido de outro verbo no gerúndio é que esse tipo de construção enfraquece a frase, como se não houvesse a garantia do êxito de uma ação. Veja alguns exemplos:
• Estará havendo uma reunião amanhã.
• A ligação vai estar sendo transferida.
Note que se a utilização do gerundismo coloca em dúvida tanto a realização da reunião quanto o sucesso da transferência da ligação. Isso não ocorreria se as frases fossem as seguintes:
• Vai haver uma reunião amanhã.
• Haverá uma reunião amanhã.
• A ligação será transferida.
Mesmo que não haja a reunião ou que a ligação não seja transferida por algum motivo, as sentenças acima dão mais certeza ao ouvinte ou leitor.
É bom destacar que a crítica ao gerundismo não condena o uso do gerúndio. Ele pode ser utilizado, desde que não em excesso.
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