Essa
foi uma das declarações de Jaciel Antônio Paulino, após vencer a 6ª Meia
Maratona das Cataratas, disputada dia 8 de julho, entre os atletas cadeirantes.
O santista acumulou mais uma conquista em corridas de rua e mostrou que é
possível superar as limitações físicas.
A
frase do campeão — título desta coluna — foi tirada do seguinte contexto: “Os
deficientes podem ter vida social, não apenas ficar presos numa cadeira. Para
mim a cadeira dá liberdade”. Um exemplo de pensamento vitorioso, que serve de
estímulo não só para quem possui alguma limitação física, mas a todos diante de
algum obstáculo na vida.
Jaciel
e os outros três participantes da categoria — Carlos Neves de Souza, Ezequiel
Eli da Rosa, e Sérgio Madrid (que abandonou a prova por problemas na cadeira) —
superaram os 21 quilômetros do percurso no Parque Nacional do Iguaçu numa manhã
fria e úmida.
A
baixa temperatura castigou os outros corredores, é verdade, porém a umidade foi
um desafio a mais aos cadeirantes, pois as luvas deles iam corroendo e
deslizando com o atrito no apoio das rodas. Ao final, além do cansaço físico
extra, a sensação de missão cumprida.
O
mesmo sentimento de vitória e o sorriso nos lábios foram demonstrados por Francisco
Lima de Souza e Rita Praxedes Teixeira, deficientes visuais, guiados por
bombeiros na meia-maratona. Ao contrário dos cadeirantes, estreantes na prova,
ambos já participaram de outras edições da corrida e, mais uma vez, completaram
o percurso satisfeitos.
Em
comum, os seis atletas foram exemplos de dedicação aos amadores que, durante o
esforço ao longo de aproximadamente duas horas e meia, puderam ter pensado em
desistir. E também ao público e a todas as pessoas envolvidas na Meia Maratona
das Cataratas, as quais tiraram boas lições de vida da participação dos corredores
especiais.
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