quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meu primeiro Agrinho


Quando cheguei ao Expo Unimed naquela sexta-feira chuvosa, dia 9, por volta das 8h30, tive uma pequena ideia do que seria a 17ª solenidade de premiação do Programa Agrinho. Na entrada, ônibus de várias cidades do Paraná, dos quais desembarcavam professores e alunos, personagens centrais da cerimônia.

Eles, os demais convidados e a imprensa logo eram recepcionados por funcionários do Sistema FAEP/SENAR, que como bons anfitriões prestavam as orientações solicitadas, sempre com um sorriso no rosto. E não poderia ser diferente, afinal a data tradicionalmente é marcada pelo clima de festa e emoção.

E o ambiente estava propício para as comemorações que viriam, com uma decoração temática, obviamente tendo o Agrinho como mote, e painéis cujas imagens digitais interativas chamavam a atenção de todos. Nos dois salões, a série de flashes das máquinas fotográficas marcava o interesse de registrar aquele momento especial.

No espaço destinado aos estudantes, brincadeiras, uma cabine fotográfica e os animados bonecos do Agrinho, Aninha e Nando entretinham as crianças, enquanto professores assistiam à palestra do renomado psicólogo e educador Marcos Meier.

Eram 10 horas. Estava prestes a iniciar a premiação. Com o salão principal repleto, começavam a entrar os alunos e as professoras finalistas. Após a abertura oficial, com as estrelas devidamente colocadas no palco, os mestres de cerimônia iniciavam a entrega dos 212 prêmios.

Sim, mais de duas centenas de máquinas fotográficas, televisores, computadores de mesa e netbooks compunham o rol de prêmios que incluíam cinco veículos novinhos a ser entregues às autoras das experiências pedagógicas vencedoras. Mas esse seria o ápice da festa. A quantidade e a qualidade dos presentes chamaram minha atenção, contudo eram proporcionais à importância do Agrinho para a educação paranaense.

A cada anúncio dos melhores trabalhos, os aplausos e a euforia ecoavam pelo ambiente. Até mesmo os não premiados se rendiam à emoção dos vencedores. É bem verdade que todos alimentavam a vontade de retornar para casa com o título, mas o espírito do programa e a satisfação por estar ali amenizavam a passageira decepção.

Ao passo que o tempo passava e os prêmios iam sendo entregues, crescia a expectativa das docentes, que alimentavam o desejo de sair dali com um dos cinco carros expostos ao lado do palco. Enfim chegava a hora. Notei um clima de tensão no ar. O ponto culminante estava por vir.

Um automóvel estava reservado ao primeiro lugar da categoria Experiência Pedagógica entre escolas particulares. Cinco professoras torciam para ter o nome anunciado, entretanto apenas Sharlene Davantel Valarini, de Engenheiro Beltrão, pôde ir à frente e deixar caírem as lágrimas, que emocionavam também o púbico. Para ela, em especial, aquele momento era pura poesia, como o tema do vitorioso projeto voltado a uma de suas turmas.

Em seguida, 20 educadoras da rede pública esperavam ansiosas assumir o banco dianteiro dos outros quatro Palios. A relação era de cinco por um, e aos poucos a quarta, terceira e segunda colocada eram premiadas. Agora restava somente um veículo e 17 professoras. Quem sairia coroada com o título de autora da melhor experiência pedagógica do estado?

Embora todas se sentissem vitoriosas por ter chegado até ali, a música da vitória – que marcou as manhãs de domingo após o inesquecível Ayrton Senna deixar os adversários para trás – só tocaria para uma delas. E o lugar mais alto do “pódio” foi ocupado por Sandra Foletto Kalschne, de Serranópolis do Iguaçu. Em sua segunda participação no Agrinho, o projeto de sua autoria (“Sol + verão + proteção = trabalho escolar em ação”) foi eleito o melhor pela banca julgadora.

O choro de alegria, o abraço caloroso das colegas, os cumprimentos das autoridades e o assédio da imprensa certamente ficarão marcados na memória de Sandra. Da mesma forma, na de todos que acompanharam mais uma edição desse valoroso programa, elaborado pela competente equipe do SENAR em prol do desenvolvimento da educação no estado.

Para mim, a educação deveria ser prioridade em qualquer esfera de governo, em empresas privadas e em instituições de qualquer natureza, pois é por meio dela que os resultados melhoram e o país se desenvolve. No Agrinho, esse é o objetivo, o que me faz homenagear os envolvidos nele. Parabéns a todos, e até o próximo ano.

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