Não é à toa que ele é chamado de “ouro negro”,
afinal os países produtores autossuficientes faturam bilhões (os famosos
petrodólares) com a venda de petróleo — matéria-prima para combustíveis,
medicamentos, plástico, gás de cozinha, asfalto, entre outros produtos
consumidos no mundo todo.
Até uma invasão bélica ao Iraque ocorreu para
usurpar o petróleo iraquiano, sob o falso argumento de que o país possuía armas
de destruição em massa. Após a destituição e a execução do então presidente
Saddam Hussein, da destruição de muitas cidades e da morte de milhares de
pessoas, a ONU reconheceu a inexistência do propagado perigo mundial alegado
pelos “States”. E ficou tudo por isso mesmo.
A dependência norte-americana do combustível fóssil
é tamanha que o país (maior importador e consumidor mundial) compra até mesmo
da Venezuela, sem nenhuma retaliação ao presidente Hugo Chávez, um feroz
anti-imperialista. Se não existisse essa dependência, será que o venezuelano
atacaria os Estados Unidos como faz, ou o Tio Sam ficaria tão comportado como
está? Vale lembrar que a Venezuela tem a maior reserva petrolífera do planeta,
com o equivalente a 296,5 bilhões de barris.
Um dos usos mais conhecidos do petróleo é na
produção de gasolina e óleo diesel. Milhões de consumidores no mundo inteiro
dependem do “ouro negro” para se locomover. Por aí é possível imaginar a força
das multinacionais petrolíferas e o poder de lobby delas para dificultar o
desenvolvimento de combustíveis alternativos, como biodiesel, eletricidade,
energia solar ou qualquer outro.
Apesar de iniciativas como a de Itaipu, que produz
o veículo elétrico, da cidade de São Paulo, onde dez táxis elétricos rodam
pelas ruas, e aqui em Curitiba, onde os Ligeirões utilizam o biodiesel, entre
outras nacionais e estrangeiras, não existe nada que incomode ou diminua a
supremacia do combustível fóssil e sirva de fonte de energia limpa para a saúde
humana e do planeta e de alternativa para consumidores — salvo o etanol
brasileiro, que é uma boa opção mas tem suas desvantagens.
Por enquanto as pesquisas estão
tímidas, com poucos carros totalmente elétricos em circulação ou em testes.
Isso no ano 2013 do século 21! Alguns anos atrás, antes da virada do milênio,
imaginava-se um futuro mais robotizado, até com veículos voadores no estilo dos
Jetsons. Na realidade, quase nada daquilo que mexia com a imaginação foi
concretizado ou saiu do papel para a produção em série. E pelo andar dos
investimentos, nem sairá num curto prazo — principalmente com valor acessível
ao bolso da maioria dos consumidores mundo afora.
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