O acidente que resultou na
morte do cantor Cristiano Araújo e de sua namorada, Allana Moraes, teve grande
repercussão nacional e comoveu milhares de pessoas, principalmente os fãs do
músico e familiares das vítimas. Até quem não o conhecia, porém é sensível à dor
alheia provocada por acontecimentos inesperados e impactantes, sentiu a
gravidade de tal fato.
Ao mesmo tempo em que choca, um
sinistro como esse também serve – ou deveria servir – para as pessoas
refletirem sobre os cuidados necessários para evitar um acidente e preservar a
vida. No caso em questão, apesar de ainda estar sendo investigado, já são conhecidos
três fatores que podem ter contribuído e comprovam como a imprudência e a negligência
de motoristas e passageiros agravam as consequências de qualquer acidente.
Segundo noticiado amplamente
pela imprensa – e confirmado pelas autoridades que tratam do caso –, tanto o
cantor quanto sua namorada estavam no banco de trás do veículo e não usavam o
cinto de segurança. Como o carro capotou, ambos se chocaram contra o interior
do automóvel e foram lançados para fora dele. Já os ocupantes dos bancos
dianteiros, que usavam o equipamento, sobreviveram e não tiveram lesões físicas
graves.
Esse fato é uma prova
inconteste de que o cinto anemiza as consequências de um acidente e,
principalmente, salva a vida dos ocupantes de um carro acidentado. Isso já foi comprovado
também em testes de impacto promovidos por institutos que avaliam a segurança
automotiva. Portanto, seja em longas viagens ou em deslocamentos curtos, nas
estradas ou nas cidades, o equipamento deve ser sempre utilizado por todos –
todos mesmo, incluindo os passageiros do banco de trás, pois ainda é muito
comum a não utilização nele.
Excesso
de velocidade
Em depoimento à polícia, o
motorista admitiu que conduzia o veículo acima do limite de 110 km/h, embora
não tenha determinado a velocidade exata. De qualquer forma, comprova-se que as
estatísticas não mentem: transitar acima do limite permitido para as vias é uma
das principais causas de sinistros e de óbitos. Algo até óbvio, afinal quanto
mais rápido, mais difícil o controle e pior a consequência de uma batida. Porém
nem essa obviedade toda nem os números parecem ser capazes de fazer os
condutores aliviarem o pé.
Manutenção
veicular
Tão importante quanto a forma
de conduzir o veículo é fazer a manutenção preventiva dele e adotar os cuidados
necessários para uma rodagem mais segura. No caso do acidente que vitimou
Cristiano Araújo e Allana Moraes, não cabe dizer que a falta de manutenção pode
ter contribuído, pois o Range Rover tinha apenas dois meses de uso.
Entretanto, como apontam os
peritos da Polícia Civil e até mesmo funcionários de um lava a jato que
higienizaram o carro antes da viagem, uma das rodas apresentava alguns pontos
de solda e um deles estaria solto. O conjunto não era o original de fábrica. O próprio
motorista disse à polícia que antes do acidente ouviu um barulho e imaginou ser
de um pneu estourado. Também revelou que os pneus eram de segunda mão, mas
estariam em boas condições.
Então, o estado precário de
uma roda pode ter sido a razão do sinistro. Se isso ficar comprovado no fim das
investigações, reforçará o que todo dono de veículo deveria saber: as condições
de conservação do meio de transporte, seja ele qual for, são imprescindíveis
para a segurança e não podem ser menosprezadas.
Não digo que o cantor foi
negligente, tampouco o motorista – o qual teria sido avisado pelo dono do lava
a jato sobre a falha na roda. Apenas quero ressaltar ser fundamental manter plena
a situação de rodagem veicular.
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