segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Mudanças no Código de Trânsito entram em vigor nesta terça-feira

Uma das alterações é a redução da velocidade máxima de 110 km/h para 100 km/h em rodovias de pista simples

Atenção motoristas, nesta terça-feira, 1º de novembro, passará a vigorar a Lei 13.281, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 4 de maio, que altera vários artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre as principais mudanças estão, por exemplo, os valores das multas e as velocidades máximas em rodovias.

A legislação eleva em cerca de 53% o valor das infrações gravíssimas, que passam de R$ 191,54 para R$ 293,47. Já as graves sobem de R$ 127,69 para R$ 195,23 (52,89%), mesmo percentual das médias, que vão de R$ 85,13 para R$ 130,16. As leves, por sua vez, saltam de R$ 53,20 para R$ 88,38 (66,12%). A pontuação para cada uma não se altera, permanecendo em 7, 5, 4 e 3, respectivamente.

Outra infração que também pesará mais no bolso dos condutores flagrados em situação irregular é o uso de celular ao volante, a qual deixará de ser média e passará a ser gravíssima, punida com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH.

Velocidades máximas

O artigo 61, que versa sobre as velocidades máximas permitidas nas vias, sofreu alteração no inciso II do primeiro parágrafo. A partir de sexta-feira, haverá distinção entre rodovias de pista dupla e de pista simples. Nas primeiras, o limite continuará em 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas; a mudança está na velocidade dos demais veículos, que não poderão ultrapassar 90 km/h, deixando de existir distinção entre caminhões e ônibus, por exemplo.

Já nas rodovias de pista simples, o que muda é a velocidade para os veículos leves (automóveis, camionetas e motocicletas), que cai para 100 km/h; aos demais veículos, valem os 90 km/h. Nas estradas continua em vigor o limite de 60 km/h para todos.

Estacionamento

O artigo 181 ganhou o inciso XX, que trata do estacionamento nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que comprove tal condição. Esta infração é gravíssima, reprimida com multa, pontos na carteira e remoção do veículo.

Estrangeiros

Um ponto importante que foi alterado, principalmente em se tratando de cidades fronteiriças, como Foz do Iguaçu, é o artigo 119, que recebeu nova redação no parágrafo primeiro: “Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, independentemente da fase do processo administrativo ou judicial envolvendo a questão”.

Ao mesmo artigo foi acrescentado o parágrafo segundo, que prevê a retenção dos veículos que saírem do país sem cumprir o disposto no parágrafo anterior e forem posteriormente flagrados tentando entrar ou circulando no Brasil.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Como foi o seu fim (ou final?) de semana?

Ao encontrar um amigo ou colega de trabalho na segunda-feira, você perguntou a ele, ou ele a você, como foi o final de semana? Ou a expressão utilizada foi fim de semana? Será que há diferença entre fim e final? O que me diz, caro leitor? Bem, eu lhe digo que em alguns casos existe distinção; em outros, não.

No uso acima tanto faz dizer fim ou final de semana porque as palavras fim e final são substantivos que indicam a última parte de algo. No exemplo, do período de dias. Então o uso é facultativo, assim como será sempre que os termos forem substantivos!

Veja mais exemplos:
  • Aguarde no final/fim da fila, senhor.
  • O aluno fez anotações no final/fim do caderno.
  • Muita emoção no final/fim do jogo.
  • É muito bom relaxar no final/fim do dia.

Ocorre que em algumas situações a palavra final é adjetivo – sim, ela pode ser adjetivo e substantivo. Eis alguns casos:
  • A chamada final ocorrerá amanhã.
  • O atleta tem como meta final ganhar o campeonato.
  • Ele foi classificado para a fase final do concurso.
  • Grande cartada final!

Por também ser um adjetivo, o termo pode levar a um raciocínio equivocado de algumas pessoas ao pensarem que final deve ser empregado sempre que seu antônimo for inicial e que a palavra fim deve ser usada quando o contrário for início.

Assim acreditam que é correto apenas fim de semana (início de semana), fim do dia (início do dia), fim das férias (início das férias), fim do filme (início do filme)... e argumentam que não teria lógica a substituição por final de semana (inicial de semana), final do dia (inicial do dia), final das férias (inicial das férias), final do filme (inicial do filme).

Certamente essa simples troca não faz sentido, entretanto o equívoco de quem pensa daquela forma ocorre porque inicial é antônimo do adjetivo final. Do adjetivo, não do substantivo! E nos casos acima, todos os fins e finais são substantivos, não cabendo tal analogia.

Diante disso, e em suma, caro leitor, você pode usar fim ou final quando os termos forem substantivos.

Até a próxima.


quinta-feira, 30 de junho de 2016

Tocha olímpica em Foz: aqui se respeita a natureza; as pessoas, nem tanto...

Está tudo pronto para a passagem da chama olímpica por Foz do Iguaçu. Hoje e amanhã, a cidade viverá intensamente o clima pré-Olimpíada. Pelas ruas e pontos turísticos, muita movimentação, sirenes e luzes do comboio de veículos oficiais, de patrocinadores, de apoio, de batedores e escolta da polícia, além de 102 pessoas escolhidas para carregar a tocha.

Receber o símbolo do maior evento esportivo do planeta e explorar as imagens e fotografias dele, principalmente nos atrativos turísticos locais tão singulares, são oportunidades valiosas para promover ainda mais a cidade. Será uma festa bonita e animada, sem dúvida.

Aqui em Foz, acredita-se, não matarão nenhuma onça-pintada – até porque esse animal é o símbolo do Parque Nacional do Iguaçu e foco de estudo e conservação por meio do Projeto Carnívoros.

Via de regra, a natureza é respeitada por representar uma riqueza da região trinacional, embora existam casos de tráfico de animais, caça, maus-tratos... Durante a permanência da chama na Tríplice Fronteira, muitas cenas belíssimas junto ao meio ambiente serão registradas e percorrerão o mundo.

Mas nem tudo serão flores por ocasião da passagem da tocha por aqui. O clima de festa e empolgação, parece-me, não tomará conta de toda a cidade. Inclusive há quem “nem esteja aí com isso”. Tudo bem, afinal o espírito olímpico deve estar presente diretamente entre atletas, organizadores, voluntários, enfim, pessoas com alguma participação no evento. E também em quem aprecia o universo esportivo e/ou sabe a importância da presença do fogo em Foz.

Entretanto não é só pela falta de participação direta ou de sensibilidade que o evento deixará de ter importância para muitas pessoas. Para algumas até trará transtornos. E não se trata apenas da interrupção no trânsito durante o desfile do comboio pelas ruas no dia 30 nem no deslocamento dele em direção aos pontos turísticos no dia seguinte. Por determinação de sua diretoria, o Hospital Municipal Padre Germano Lauck suspendeu as cirurgias eletivas.

Considerada referência em tratamentos de urgência e emergência, a unidade estará em alerta caso ocorra algum incidente. Na verdade já está, pois as operações foram interrompidas no dia 25 e voltarão a ser realizadas no dia 2 de julho. Com isso uma grande parcela da população que depende do hospital – e espera muito tempo para ser operada – terá de aguardar mais tempo.

Mas por que pressa, afinal se trata de cirurgias eletivas, aquelas não urgentes. Quem não morreu até agora não morrerá até a retomada delas. Saúde é algo que pode aguardar a efemeridade de uma comemoração pré-olímpica. E como Foz não tem outras unidades capazes de prestar apoio médico diante de alguma necessidade, o jeito é paralisar parte do funcionamento do hospital municipal. Parabéns aos gestores. E um viva à passagem da tocha!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Chevrolet lidera entre os mais vendidos em janeiro

O cenário automotivo brasileiro começou o ano da mesma forma que se encerrou em 2015, ou seja, com a liderança da norte-americana Chevrolet. A marca da gravatinha liderou entre os veículos mais vendidos com o Onix, que em janeiro teve 12.952 unidades emplacadas. Isso deu a ele 37,01% de participação entre os hatches pequenos. Outro dado significativo é que o automóvel fechou o mês em primeiro lugar de vendas em 19 estados brasileiros.

O domínio da Chevrolet se repete entre os sedãs pequenos. Em janeiro, o Prisma registrou 5.467 emplacamentos, aparecendo no topo de seu segmento, com 24,82% do mercado, e em quarto lugar na lista geral dos mais comercializados. Somados os carros de outras categorias, a montadora vendeu 25.084 unidades e deteve 19,11% do mercado automotivo nacional, fechando o primeiro mês do ano também como líder.

Ao longo de 2015, o Onix vendeu 125.931 unidades, sendo o campeão de vendas no Brasil, e o Prisma ficou em décimo lugar, com 70.336 carros emplacados. Eles são basicamente o mesmo veículo. A maior diferença está, naturalmente, nas dimensões e na capacidade do porta-malas.

E o que teria feito os modelos dominarem o ranking de vendas? Certamente a combinação de vários fatores, entre os quais o design atraente, bom espaço interno, moderna central multimídia, amplitude de versões e completa lista de equipamentos de série desde o modelo mais básico.

Outro diferencial do Onix é ser o veículo com a menor desvalorização no Brasil após o primeiro ano de uso, tendo recebido em 2015, pela segunda vez consecutiva, o Prêmio Maior Valor de Revenda, da Agência Autoinforme. O índice de depreciação do carro ficou em -7,6%. Seu irmão Prisma apareceu em terceiro entre os sedãs pequenos, com -10,2%.

Mesmo com a liderança nos dois segmentos, a Chevrolet deve lançar, no segundo semestre deste ano, a versão reestilizada de ambos. As mudanças devem concentrar-se no desenho da dianteira, traseira, lanternas e faróis. Será incorporado à linha o motor de três cilindros 1.0. A modernização tem a proposta de subi-los de patamar, para a categoria premium

É provável que esse facelift provoque aumento no preço dos veículos e se reflita na colocação deles entre os mais vendidos, mas se ambos mantiverem os números de venda no patamar dos últimos meses, pode ser que abram margem suficiente para terminarem o ano como os campeões de 2016.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

De goleador a goleado

Ele entrou em campo querendo reassumir o posto ocupado durante 27 anos seguidos, perdido em 2014 para o Fiat Palio, por apenas 385 unidades. Entretanto o que se viu foi uma queda ainda maior nas vendas. Acostumado a golear os adversários, o Gol terminou 2015 levando uma verdadeira goleada dos rivais.

O hatch da Volks fechou o ano na sexta posição entre os automóveis mais vendidos, com 82.746 unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O grande campeão de vendas foi o Chevrolet Onix, que somou 125.931 emplacamentos, contra 122.364 do segundo colocado, o Fiat Palio. Em terceiro ficou o Hyundai HB20, com uma boa vantagem para o Fiat Strada – 110.396 a 98.631. Em quinto apareceu o Ford Ka, com 90.187 veículos emplacados – 7.441 a mais que o Gol.

A lista dos dez mais vendidos de 2015 é formada ainda por VW Fox, em sétimo lugar, com 79.590 unidades; Fiat Uno, 79.461; Renault Sandero, 78.174; e Chevrolet Prisma, 70.336. Portanto, fica claro que, entre os automóveis de seu segmento, o Gol esteve à frente apenas do francês.

Próxima geração

Para tentar reverter esse resultado, a Volks trabalha para lançar a próxima geração do seu hatch mais famoso. O carro terá um desenho mais refinado e esportivo, que remeterá ao luxuoso Golf. O interior será aprimorado; e a lista de equipamentos na versão de entrada, ampliada.

Não se sabe ao certo se esse novo Gol chegará ao mercado nacional em 2017 ou 2018. Por enquanto, a montadora resolveu “dar um tapa” no visual do atual modelo ainda neste ano. O automóvel terá alterações na frente (grade, para-choque e faróis) e na traseira (lanternas e para-choque), inspiradas no Polo alemão.

A versão mais básica deve receber ar-condicionado e direção hidráulica, itens já presentes em alguns concorrentes. Os motores devem ser o 1.0 de 12V (de três cilindros e 82 cv) e o 1.6 de 16V (120 cv).

Será que essas mudanças serão suficientes para fazer o antigo goleador recuperar o espaço perdido? Vale lembrar que seus concorrentes não estão acomodados. O HB20, por exemplo, foi atualizado em setembro de 2015 – o mesmo devendo ocorrer com o Onix ainda em 2016.

O moderno e bem equipado Ka deve consolidar-se entre os cinco mais vendidos. A incógnita é o Palio, cujo projeto é o mais antigo entre os principais hatches do mercado. De campeão em 2014 para vice em 2015, sem previsão de atualização em 2016, qual será a colocação dele no fim do ano? Alguém arrisca um palpite?