O apresentador do telejornal lê a chamada da matéria que será exibida, e de repente o videoteipe não entra ou tem algum problema que o impede de ser assistido. O setor técnico da emissora volta a imagem ao estúdio, e o jornalista diz: “Desculpe a nossa falha”. Talvez o leitor já tenha presenciado isso. Ou então, ao transitar em alguma via pública interrompida por obras, tenha lido numa placa a seguinte frase: “Desculpe o transtorno”.
Os menos atentos ou não tão íntimos das peculiaridades da língua portuguesa podem não constatar nenhum equívoco em ambas as frases. Mas na verdade as duas têm o mesmo erro. E é muito simples: não se pode desculpar nem a falha nem o transtorno, e sim quem falhou ou provocou o transtorno.
Logo, as formas corretas de se desculpar seriam: “Desculpem-nos da falha” (em nome da equipe que coloca o telejornal no ar) e “Desculpem-nos do transtorno (referência a todos que trabalham na via em obras).
Os menos atentos ou não tão íntimos das peculiaridades da língua portuguesa podem não constatar nenhum equívoco em ambas as frases. Mas na verdade as duas têm o mesmo erro. E é muito simples: não se pode desculpar nem a falha nem o transtorno, e sim quem falhou ou provocou o transtorno.
Logo, as formas corretas de se desculpar seriam: “Desculpem-nos da falha” (em nome da equipe que coloca o telejornal no ar) e “Desculpem-nos do transtorno (referência a todos que trabalham na via em obras).
Perceba que o verbo desculpar (ou desculpar-se) é regido pela preposição de, por isso, na linguagem formal, usa-se desculpar da falha/do transtorno. Já na linguagem informal são comuns construções como: “O jogador se desculpou pelos erros na partida” ou “O pai desculpou a malcriação do filho”.
Portanto, caro leitor, agora fique atento ao se deparar com placas indicativas de obras ou ao que vai dizer o âncora (apresentador) de um telenoticiário diante de algum erro que venha a ocorrer.
É isso. No próximo texto, a diferença entre “ao invés de” e “em vez de”, expressões cuja utilização causa dúvida em muitas pessoas. Até breve.
(Texto publicado no site Megafone em 23 de março de 2009)
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