A pedido de amigos e leitores, eu tratarei hoje de um sinal de pontuação bastante utilizado na língua portuguesa: a vírgula. Para facilitar a assimilação, este tema será dividido em partes, nas quais vou procurar ser o mais objetivo possível.
Para começar, apresento os casos em que a vírgula NÃO é usada:
1º) Entre o sujeito e o predicado. Para quem não lembra como encontrar o sujeito de uma frase, basta fazer duas perguntas — o quê? e/ou quem? Uma vez identificado o sujeito, nunca o separe do predicado. Veja os exemplos:
“O atleta bateu o recorde mundial.” Quem bateu o recorde mundial? O atleta. Portanto seria incorreto escrever: o atleta, bateu o recorde mundial.
“A chuva provocou o alagamento.” O que provocou o alagamento? A chuva. Então, não se escreve: a chuva, provocou o alagamento.
2º) Para separar o verbo e seus objetos direto e indireto.
“Jornalistas questionaram quais medidas o prefeito adotaria.” Nesse caso, o sujeito é “jornalistas”; o predicado, “questionaram”; o objeto direto, “quais medidas”; o objeto indireto, “o prefeito adotaria”. Logo, a frase nunca poderia estar escrita das seguintes formas:
Os jornalistas questionaram, quais medidas, o prefeito adotaria; Os jornalistas questionaram, quais medidas o prefeito adotaria;
Os jornalistas questionaram quais medidas, o prefeito adoraria.
3º) Quando a oração está na ordem direta. Ou seja: sujeito + verbo + objeto ou adjunto.
Exemplo: Consumidores não podem deixar de pesquisar e devem comprar à vista.
Agora, os casos em que a vírgula DEVE ser utilizada:
1º) Para isolar o aposto. Antes dos exemplos, vamos recordar o que é aposto: trata-se de uma palavra ou expressão relacionada a um termo anterior da frase para explicá-lo, enumerá-lo ou resumi-lo. Acompanhe:
“Catarina, a mais bonita das candidatas, ganhou o concurso de beleza.” Aqui, “a mais bonita das candidatas” explica a condição de Catarina e aparece entre vírgulas.
“Fenômenos da natureza castigam o homem, as tempestades, os furacões e maremotos.” Nesse exemplo, tempestades, furacões e maremotos formam um aposto que enumera alguns fenômenos naturais que castigam o homem (sujeito da frase).
“Escritores, atores, cantores, autoridades, todos gostaram da festa.” Nesse caso, “todos” está resumindo quem gostou da festa (escritores, atores, cantores, autoridades) e deve aparecer separado pela vírgula.
2º) Para isolar o vocativo. Um termo empregado para chamar o interlocutor (nome, apelido, adjetivo ou substantivo) é chamado de vocativo e necessita da vírgula. Veja:
Patrícia, você está grávida?; Não faça isso, amiga!; Jacaré, venha aqui um minuto; Pode ir embora, preguiçoso; Vamos passear, caros amigos, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
3º) Para indicar a omissão (elipse) de um verbo.
Juliana gosta de morango; Júlia, de abacaxi; Os pais viajaram de carro; os filhos, de moto; O Corinthians perdeu por 3 a 0; o Flamengo, por 4 a 1.
• No próximo texto, outras aplicações da vírgula. Até breve, caros leitores.
1º) Entre o sujeito e o predicado. Para quem não lembra como encontrar o sujeito de uma frase, basta fazer duas perguntas — o quê? e/ou quem? Uma vez identificado o sujeito, nunca o separe do predicado. Veja os exemplos:
“O atleta bateu o recorde mundial.” Quem bateu o recorde mundial? O atleta. Portanto seria incorreto escrever: o atleta, bateu o recorde mundial.
“A chuva provocou o alagamento.” O que provocou o alagamento? A chuva. Então, não se escreve: a chuva, provocou o alagamento.
2º) Para separar o verbo e seus objetos direto e indireto.
“Jornalistas questionaram quais medidas o prefeito adotaria.” Nesse caso, o sujeito é “jornalistas”; o predicado, “questionaram”; o objeto direto, “quais medidas”; o objeto indireto, “o prefeito adotaria”. Logo, a frase nunca poderia estar escrita das seguintes formas:
Os jornalistas questionaram, quais medidas, o prefeito adotaria; Os jornalistas questionaram, quais medidas o prefeito adotaria;
Os jornalistas questionaram quais medidas, o prefeito adoraria.
3º) Quando a oração está na ordem direta. Ou seja: sujeito + verbo + objeto ou adjunto.
Exemplo: Consumidores não podem deixar de pesquisar e devem comprar à vista.
Agora, os casos em que a vírgula DEVE ser utilizada:
1º) Para isolar o aposto. Antes dos exemplos, vamos recordar o que é aposto: trata-se de uma palavra ou expressão relacionada a um termo anterior da frase para explicá-lo, enumerá-lo ou resumi-lo. Acompanhe:
“Catarina, a mais bonita das candidatas, ganhou o concurso de beleza.” Aqui, “a mais bonita das candidatas” explica a condição de Catarina e aparece entre vírgulas.
“Fenômenos da natureza castigam o homem, as tempestades, os furacões e maremotos.” Nesse exemplo, tempestades, furacões e maremotos formam um aposto que enumera alguns fenômenos naturais que castigam o homem (sujeito da frase).
“Escritores, atores, cantores, autoridades, todos gostaram da festa.” Nesse caso, “todos” está resumindo quem gostou da festa (escritores, atores, cantores, autoridades) e deve aparecer separado pela vírgula.
2º) Para isolar o vocativo. Um termo empregado para chamar o interlocutor (nome, apelido, adjetivo ou substantivo) é chamado de vocativo e necessita da vírgula. Veja:
Patrícia, você está grávida?; Não faça isso, amiga!; Jacaré, venha aqui um minuto; Pode ir embora, preguiçoso; Vamos passear, caros amigos, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
3º) Para indicar a omissão (elipse) de um verbo.
Juliana gosta de morango; Júlia, de abacaxi; Os pais viajaram de carro; os filhos, de moto; O Corinthians perdeu por 3 a 0; o Flamengo, por 4 a 1.
• No próximo texto, outras aplicações da vírgula. Até breve, caros leitores.
(Texto publicado no site Megafone em 14 de maio de 2009)
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