Independência propalada pelos meios de comunicação social
está sedimentada no repasse de verbas públicas
Quem não trabalha diretamente com o jornalismo talvez não saiba como funciona a linha editorial das empresas jornalísticas no Brasil. Por trás da credibilidade que os meios de comunicação social — desde os mais tradicionais aos mais recentes no mercado — conquistaram ao longo dos anos estão os interesses econômicos e políticos da classe empresarial, que segue à risca os mandamentos do sistema capitalista.
Dessa forma, a busca pelo lucro predomina na maioria esmagadora dos veículos de comunicação no país, que “dançam conforme a música” tocada pelos governos, nas esferas municipal, estadual e nacional. A imprensa, que deveria ser independente, vende sua linha editorial. Ou seja: quando o poder público distribui verbas, recebe um tipo de tratamento; quando não, a relação muda drasticamente.
O dito “quarto poder” — uma metáfora supervalorizada — é corrompido pelos recursos públicos. Todo governo tem seus méritos e também suas falhas, até porque pela divergência de pensamentos e de ideologias políticas é impossível agradar a todos. A divulgação do trabalho de uma administração pública é necessária para que a população saiba o que seus representantes estão fazendo. Assim, existe um acordo comercial — uma compra de espaço e de tempo — entre meios de comunicação e governos. Infelizmente para quem trabalha na área jornalística e preza pela ética, na prática o que há é uma imposição midiática traduzida em linguagem popular da seguinte forma: pagou, alisa-se; não pagou, bate-se.
Essa realidade pode ser comprovada pelos leitores, ouvintes e telespectadores dos veículos de comunicação especialmente quando há uma insistência no tratamento dispensado aos governos, ou seja, uma linha direitista ou esquerdista adotada. Os controladores da imprensa impõem o que deve ser feito pelos seus subordinados, que “entram na onda” dos chefes porque dependem do emprego. Por isso, ao ler determinado texto, ouvir programas jornalísticos radiofônicos ou ver na televisão jornalistas e — principalmente — apresentadores, é necessário não se deixar influenciar.
Atrás da máscara
A isenção e a independência tão propaladas pelos meios de comunicação de massa privados não existem. Quando uma empresa jornalística só ataca o governo é porque não recebe verba pública ou porque o grupo que a controla tem ideologia política oposicionista. A recíproca é verdadeira, ou seja, quando não há críticas, na maior parte só elogios, o repasse de dinheiro está em dia.
A mídia escrita — em especial jornais e revistas — do interior do país raramente tem condições de sobreviver apenas com a receita proveniente da comercialização de anúncios publicitários, de assinaturas e da venda de seus produtos. Então o que guia a linha editorial é o repasse de verbas públicas, recursos tirados dos contribuintes via impostos e destinados aos departamentos ou secretarias de Comunicação Social para se divulgar os atos governamentais. Enfim, é dessa forma que se dá a relação entre imprensa e poder público.
Dessa forma, a busca pelo lucro predomina na maioria esmagadora dos veículos de comunicação no país, que “dançam conforme a música” tocada pelos governos, nas esferas municipal, estadual e nacional. A imprensa, que deveria ser independente, vende sua linha editorial. Ou seja: quando o poder público distribui verbas, recebe um tipo de tratamento; quando não, a relação muda drasticamente.
O dito “quarto poder” — uma metáfora supervalorizada — é corrompido pelos recursos públicos. Todo governo tem seus méritos e também suas falhas, até porque pela divergência de pensamentos e de ideologias políticas é impossível agradar a todos. A divulgação do trabalho de uma administração pública é necessária para que a população saiba o que seus representantes estão fazendo. Assim, existe um acordo comercial — uma compra de espaço e de tempo — entre meios de comunicação e governos. Infelizmente para quem trabalha na área jornalística e preza pela ética, na prática o que há é uma imposição midiática traduzida em linguagem popular da seguinte forma: pagou, alisa-se; não pagou, bate-se.
Essa realidade pode ser comprovada pelos leitores, ouvintes e telespectadores dos veículos de comunicação especialmente quando há uma insistência no tratamento dispensado aos governos, ou seja, uma linha direitista ou esquerdista adotada. Os controladores da imprensa impõem o que deve ser feito pelos seus subordinados, que “entram na onda” dos chefes porque dependem do emprego. Por isso, ao ler determinado texto, ouvir programas jornalísticos radiofônicos ou ver na televisão jornalistas e — principalmente — apresentadores, é necessário não se deixar influenciar.
Atrás da máscara
A isenção e a independência tão propaladas pelos meios de comunicação de massa privados não existem. Quando uma empresa jornalística só ataca o governo é porque não recebe verba pública ou porque o grupo que a controla tem ideologia política oposicionista. A recíproca é verdadeira, ou seja, quando não há críticas, na maior parte só elogios, o repasse de dinheiro está em dia.
A mídia escrita — em especial jornais e revistas — do interior do país raramente tem condições de sobreviver apenas com a receita proveniente da comercialização de anúncios publicitários, de assinaturas e da venda de seus produtos. Então o que guia a linha editorial é o repasse de verbas públicas, recursos tirados dos contribuintes via impostos e destinados aos departamentos ou secretarias de Comunicação Social para se divulgar os atos governamentais. Enfim, é dessa forma que se dá a relação entre imprensa e poder público.
(Texto publicado no site Megafone em 15 de outubro de 2008)
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