quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um milhão de brasileiros saíram da pobreza em um ano

Só mesmo num governo trabalhista isso seria possível, ou alguém viu algo parecido durante os oito anos do mandato tucano na Presidência da República? Certamente não, afinal a dobradinha PSDB/DEM priorizou — e sempre priorizará — a elite brasileira, com sua política neoliberal.
 
Amanhã, dia 10, será publicado um estudo coordenado pelo chefe do Centro de Estudos Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri. Segundo o pesquisador, entre 2008 e 2009 aproximadamente um milhão de pessoas deixaram a condição de pobres — o que representa uma redução de 4,3% no índice nacional.

O cálculo foi feito por Neri a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), para embasar um estudo a respeito das classes sociais brasileiras. A metodologia considerou a soma das fontes de renda dos moradores das casas dividida pelo total de membros da família. O sistema classificou como pobre quem recebe menos de R$ 140 por mês.

Uma das constatações do estudo é que a pobreza caiu de 16,02% em 2008 para 15,32% em 2009. A queda já foi maior em outros períodos, porém superou a expectativa do pesquisador, diante da crise mundial naquela época. Entre 2003 e 2008, cerca de 20 milhões de brasileiros deixaram de ser pobres. O período mais significativo de redução foi de 2007 a 2008, quando a pobreza diminuiu aproximadamente 12%.

Fatores de propulsão

A receita para se obter um novo estrato social no país foi, relativamente, simples: aliar políticas de desenvolvimento a estratégias de combate à desigualdade. No ano passado, o governo federal conseguiu modificar uma das principais características brasileiras, a concentração de renda — os 40% mais pobres tiveram incremento de 3,15% na renda; já os 10% mais ricos agregaram 1,09%.

Apesar dessa melhoria, o abismo social ainda precisa ser aterrado. Não será em pouco tempo que o cenário mudará, entretanto isso terá êxito com o prosseguimento de governos trabalhistas ou socialistas, cuja ideologia coloca a igualdade entre os cidadãos acima de interesses oligárquicos.

Agora, às vésperas de mais uma eleição, o povo precisa estar atento à sua responsabilidade. Manter uma administração favorável às reivindicações coletivas e desbancar aquelas individualistas, entreguistas, oligárquicas depende exclusivamente do voto certo, bem pensado, confiado aos candidatos — seja a qual for o cargo — de passado ilibado na vida pessoal e pública, comprometidos com os eleitores, dispostos a cumprir todo o mandato, sem abandoná-lo por mais poder em futuros pleitos.

(Texto publicado no site Megafone em 10 de setembro de 2010)

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