Entre os principais pontos da polêmica, mas necessária, reforma política brasileira — em trâmite na Câmara dos Deputados — está um que atinge diretamente todos nós contribuintes, que trabalhamos cinco meses por ano para suprir o caixa do governo através dos impostos pagos. Trata-se do financiamento público de campanhas eleitorais, uma proposta descabida num país como o Brasil, porém defendida por muitos como uma forma de frear a troca de favores e os “esquemões”, infelizmente tão comuns no país.
A realidade orçamentária nacional não permite cogitar a possibilidade de destinar dinheiro público para custear os gastos eleitorais. Afinal, seriam investidos milhões de reais que certamente deixariam de ser aplicados em áreas primordiais ao desenvolvimento do Brasil e ao bem-estar da população.
Não é necessário ser um profissional do setor econômico para tirar essa conclusão, basta simplesmente acompanhar os fatos que ocorrem dia após dia no país para saber que a educação, a saúde, a segurança pública e a geração de empregos, entre outras áreas, deixam a desejar por falta de orçamento. Ou a morte em filas de espera em hospitais públicos e a guerrilha urbana não seriam exemplos concretos de uma realidade social que precisa mudar através de investimento do governo federal?
Pagar para eleger mensaleiros e sanguessugas?
Não obstante, a classe política brasileira — que todos os dias dá mostras repugnantes de como é constituída — não tem nem merece credibilidade para receber dinheiro do contribuinte, massacrado pelos impostos presentes em absolutamente tudo o que paga.
Se hoje em dia há indignação — bastante acanhada por sinal — da sociedade diante de escândalos no campo político, a possibilidade de financiar a campanha de parlamentares que legislarão em causa própria e para interesses de terceiros, que não os seus eleitores, causa revolta antecipadamente.
Pagar para levar ao poder mensaleiros e sanguessugas é um imenso absurdo e deveria ser também uma preocupação do cidadão brasileiro — pelo menos daquele já consciente dos exemplos de má utilização de cargos eletivos num país de dimensões continentais como é o Brasil.
Financiamento privado por baixo dos panos
Não sejamos inocentes, pois mesmo com toda a fiscalização que se possa implantar, o financiamento privado nunca deixaria de existir. Ou alguém é capaz de imaginar esta cena: “Não, não podemos aceitar sua contribuição, senhor empresário. Nosso partido está recebendo recursos públicos e vamos honrar esse compromisso”. Surreal!
Nem a mais singela pessoa poderia crer que o caixa dois acabaria, que a ética passaria a predominar nas campanhas eleitorais, que partidos e candidatos rejeitariam ou deixariam de procurar capital privado para empregar numa disputa insana pelo poder... Devemos ser realistas.
A realidade orçamentária nacional não permite cogitar a possibilidade de destinar dinheiro público para custear os gastos eleitorais. Afinal, seriam investidos milhões de reais que certamente deixariam de ser aplicados em áreas primordiais ao desenvolvimento do Brasil e ao bem-estar da população.
Não é necessário ser um profissional do setor econômico para tirar essa conclusão, basta simplesmente acompanhar os fatos que ocorrem dia após dia no país para saber que a educação, a saúde, a segurança pública e a geração de empregos, entre outras áreas, deixam a desejar por falta de orçamento. Ou a morte em filas de espera em hospitais públicos e a guerrilha urbana não seriam exemplos concretos de uma realidade social que precisa mudar através de investimento do governo federal?
Pagar para eleger mensaleiros e sanguessugas?
Não obstante, a classe política brasileira — que todos os dias dá mostras repugnantes de como é constituída — não tem nem merece credibilidade para receber dinheiro do contribuinte, massacrado pelos impostos presentes em absolutamente tudo o que paga.
Se hoje em dia há indignação — bastante acanhada por sinal — da sociedade diante de escândalos no campo político, a possibilidade de financiar a campanha de parlamentares que legislarão em causa própria e para interesses de terceiros, que não os seus eleitores, causa revolta antecipadamente.
Pagar para levar ao poder mensaleiros e sanguessugas é um imenso absurdo e deveria ser também uma preocupação do cidadão brasileiro — pelo menos daquele já consciente dos exemplos de má utilização de cargos eletivos num país de dimensões continentais como é o Brasil.
Financiamento privado por baixo dos panos
Não sejamos inocentes, pois mesmo com toda a fiscalização que se possa implantar, o financiamento privado nunca deixaria de existir. Ou alguém é capaz de imaginar esta cena: “Não, não podemos aceitar sua contribuição, senhor empresário. Nosso partido está recebendo recursos públicos e vamos honrar esse compromisso”. Surreal!
Nem a mais singela pessoa poderia crer que o caixa dois acabaria, que a ética passaria a predominar nas campanhas eleitorais, que partidos e candidatos rejeitariam ou deixariam de procurar capital privado para empregar numa disputa insana pelo poder... Devemos ser realistas.
(Texto publicado no site Megafone em 16 de junho de 2008)
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