Ascensão social é notória, para o desgosto de uma elite egoísta e preconceituosa
Nos últimos anos a condição de vida da população brasileira melhorou, e isso é nítido diante do crescimento do poder aquisitivo e da compra de bens por mais pessoas das classes menos favorecidas. A política de inclusão social, com melhor distribuição de renda e isenção de impostos, por exemplo, teve como consequência uma maior comercialização de computadores, eletrodomésticos, veículos e imóveis, mudando a realidade em todo o país.
Isso foi comprovado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE e divulgada na última sexta-feira, e entre suas revelações está um dado socioeconômico digno de respeito: nos últimos cinco anos, o total de trabalhadores domésticos com carteira assinada subiu 20%, e ano passado eles eram 7,2 milhões — 12% a mais que em 2008.
Para ilustrar esse dado, o portal de notícias G1 publicou uma matéria muito interessante no dia 19, intitulada “Nova doméstica tem carro zero e faz faculdade”. Os repórteres Carolina Lauriano, Mariana Oliveira e Pedro Triginelli mostraram a realidade de algumas domésticas no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. As profissionais entrevistadas têm bons salários, veículos financiados e cursam faculdades. A presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo também foi entrevistada e confirmou a mudança no perfil da categoria.
O novo cenário é uma conquista para aquela classe trabalhadora — essencial em milhares de lares brasileiros e injustamente, ainda em muitos locais, sem o reconhecimento merecido. Esse crescimento de nível social, viabilizado na gestão do governo Lula, é sinal de que a atual política vem trazendo resultados positivos em todos os estratos da sociedade.
Enquanto tal conquista é bem-vista pela maioria do povo, segmentos mais elitizados — especialmente os paulistas, que defendem e sustentam seus representantes na vida pública — manifestam-se preconceituosamente, de forma egoísta e míope, tentando evitar a continuidade de um governo trabalhista.
E pior que constatar uma tentativa de golpe pela classe A, utilizando veículos de comunicação como tevês, jornais e revistas de circulação nacional, é ver pessoas preconceituosas de outras classes sociais não admitirem o bom governo de um operário e sindicalista, por antipatia à sua figura.
É óbvio que a gestão está longe da perfeição, apresenta equívocos, medidas incoerentes com sua ideologia, entretanto a atual linha deve ser mantida, corrigindo os desacertos e dando prosseguimento às estratégias de desenvolvimento ao país. O que não pode ocorrer é o retorno ao poder — seja nos estados quanto na esfera federal — dos representantes da elite, cujas políticas fariam o Brasil retroagir. Afinal aqueles que não governam para o povo cortam projetos sociais, privatizam empresas públicas, implantam pedágios, e tomam atitudes confrontantes com o interesse coletivo.
Para ler a matéria do G1 sobre a evolução social das domésticas acesse:
(Texto publicado no site Megafone em 20 de setembro de 2010)
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